Hoje (09) é celebrado o Dia de São José de Anchieta, copadroeiro do Brasil e fundador da cidade capixaba de Anchieta. Todos os anos, nessa época, a cidade vive dias de festa, com programação variada, incluindo atividades sociais, culturais e religiosas. Mas este ano, em virtude da pandemia provocada pela Covid-19, a programação foi reconfigurada, e os devotos do santo podem acompanhar de casa pela internet as celebrações promovidas pelo Santuário Nacional de Anchieta. Outras atividades também acontecem virtualmente, como o Festival Gastronômico Delivery.
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O padre que virou santo tem uma grande história de fé, cultura e amor pela cidade de Anchieta e pelo Brasil. Ele não só trabalhou como catequista, mas também tornou-se dramaturgo, poeta, gramático, linguista e historiador. Vale ressaltar que foi o autor da primeira gramática brasileira. Sua história é vasta e contribuiu para a fundação de importantes cidades brasileiras, como São Paulo, por exemplo. Também fundou colégios e igrejas.
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Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu até 1585. Em 1595, Anchieta retirou-se para Reritiba, hoje a cidade de Anchieta, onde permaneceu até seu falecimento, aos 63 anos de idade, em 9 de junho de 1597. Em Anchieta ele construiu a igreja de Nossa Senhora da Assunção, hoje o Santuário Nacional de São José de Anchieta.
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Ele se destacou por sua ação no Espírito Santo, escolheu a Anchieta para passar seus últimos e deixou marcas que a história jamais vai esquecer: São José de Anchieta, o apóstolo do Brasil, como ficou conhecido.
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De origem espanhola, São José de Anchieta viveu 43 anos no Brasil. Dedicou-se à evangelização dos indígenas, aprendeu a língua tupi em 1 ano, serviu-se do teatro para traduzir a mensagem do Evangelho e teve participação na construção de colégios, igrejas e até cidades. Para cumprir promessa feita durante cativeiro na revolta da tribo dos Tamoios contra a coroa portuguesa, compôs um lindo hino a Nossa Senhora que escreveu na areia.
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A assinatura do decreto de canonização do Apóstolo do Brasil ocorreu 417 anos depois de sua morte, no dia 24 de abril de 2014, pelo papa Francisco, em Roma. No relatório final dos postuladores sobre a vida do jesuíta, um documento de 488 páginas, há o registro de 5.350 histórias de pessoas que alcançaram graças rezando a José de Anchieta.
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Segundo o prefeito de Anchieta, Fabrício Petri, 9 de junho é um dia especial para o povo de Anchieta, data que celebra a morte de um jesuíta que ajudou na fundação da cidade, que se tornou mártir e santo pela Igreja Católica. “Somos privilegiados, temos um santo para chamar de nosso e sediamos um Santuário Nacional. É com certeza um dia de comemoração, pois, além de santo, José de Anchieta foi uma pessoa que se dedicou para formação e construção da nossa história e da cultura”, disse.
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O Santuário Nacional de São José de Anchieta fica no centro da cidade e está passando por restauração.
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Anchieta está em festa e o Estado do Espírito Santo inteiro celebra a vida deste santo, considerado um modelo de catequista e foi declarado Padroeiro dos catequistas do Brasil em setembro do mesmo ano de sua canonização (2014).
Amanhã (dia 9), padre Nilson Marostica, sacerdote jesuíta e reitor do Santuário Nacional São José de Anchieta, preside missa solene às 19h. A missa será transmitida pela página do facebook da Arquidiocese de Vitória. Acesse @arquidiocesevitoria
Texto: Dirceu Cetto