O diretor-presidente do Porto Central, José Maria Novaes, apresenta o empreendimento à empresários chineses, em Pequim.
Empresários chineses conheceram o projeto Porto Central de Presidente Kennedy, dia 25 de outubro. O diretor-presidente do Porto, José Maria Vieira de Novaes, que apresentou o empreendimento aos chineses, participa da missão empresarial brasileira, como integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro.
A expectativa é que neste encontro seja assinado um acordo entre petrolíferas do país asiático e o Porto Central. A programação prevê ainda iniciativas de networking com potenciais parceiros locais, com objetivo de abrir oportunidades de ampliação das exportações e atração de investimentos estrangeiros para o Espírito Santo.
O empreendimento portuário foi, segundo a diretoria do Porto Central, o único projeto de infraestrutura selecionado pelo governo federal para fazer uma apresentação no Seminário de Investimentos em Infraestrutura nesta sexta em Pequim. Novaes dividiu o painel com representantes da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras.
O Porto Central é um complexo industrial-portuário privado de águas profundas, de classe mundial, que será instalado em Presidente Kennedy, no sul do estado do Espírito Santo. Ele será um empreendimento de múltiplo propósito e vai fornecer infraestrutura para instalação de vários terminais portuários. Os investimentos previstos na primeira fase serão da ordem de R$ 5 bilhões.
VISTOS
O governo brasileiro aposta muito em estabelecer novas parcerias com os chineses. Na última quinta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai isentar os chineses de visto para entrar no Brasil para turismo ou negócios. A princípio, não haverá reciprocidade. A medida já foi anunciada para Estados Unidos, Japão e Canadá. O próximo país deve ser a Índia.
O encontro empresarial foi organizado pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que convidou companhias com as quais a entidade mantém relações.
Em Pequim, a comitiva brasileira se reuniu com 19 presidentes de grandes companhias chinesas de setores como varejo, aviação, infraestrutura, agrícola e entretenimento.Entre eles, estavam Wang MingQiang, CEO do Alibaba, Feng Yong Fang, presidente do Grupo de Investimentos CRCC (infraestrutura), e Yu Songho, presidente do HeRun Group, um dos maiores importadores de soja do país.
Os empresários chineses apresentaram seus negócios e falaram sobre seu desejo de investir no Brasil.
Após a missão empresarial na China, a comitiva brasileira seguirá para os Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
PORTO CENTRAL
A expectativa é que as obras do Porto Central em Presidente Kennedy ocupem uma área de 20 milhões de metros quadrados, com investimentos de R$ 5 bilhões.
O terminal deverá contar com 30 berços. A profundidade deve variar de 10 a 25 metros, o que vai permitir que o porto receba navios de grande porte.
As obras devem ser iniciadas no segundo semestre de 2020. Elas estão divididas em quatro etapas e o início da operação está previsto para 2022.
O empreendimento, que irá movimentar contêineres, seguirá o modelo do Porto de Roterdã, na Holanda.
O terminal irá operar diversos tipos de cargas, como produtos químicos, granéis líquidos, petróleo e derivados, granéis sólidos, minério de ferro, carvão, ferro gusa, soja, trigo, milho e outros produtos agrícolas, fertilizantes e veículos.