Atos, vigílias e manifesto para reivindicar direitos e conquistas de políticas públicas de segurança, prevenção às violências e assistência em favor das mulheres
As mulheres, em todas as suas diversidades, sofrem violências cotidianas no Brasil e continuam muito distantes de conseguirem políticas públicas de segurança, assistência e prevenção às violências, segundo mostram pesquisas e levantamentos feitos em todo País.
Por isso, para chamar a atenção para o Dia Internacional de Luta das Mulheres, o #8M, as tradicionais manifestações de 8 de março tomarão as ruas de várias cidades do Estado e do País. No Espírito Santo, a semana será toda marcada com manifestações pela vida das mulheres do campo, das águas, das florestas e da cidade, reivindicando o direito de existir e decidir com dignidade e sem violências.
As programações começam no dia 6 de março, em Anchieta, com a Marcha das Margaridas de Anchieta, que terá concentração na Praça das Garças, às 7 horas.
Em Vitória, o #8M será marcado por uma vigília no dia 7 de março, das 16 às 18h30, com concentração na Praça 8. Logo após, haverá cortejo pelas ruas do centro da capital para destacar e chamar atenção para a luta contínua contra as violências, principalmente contra os feminicídios no Espírito Santo. Na sexta-feira, dia 8 de março, a concentração para o ato, também no centro da cidade, será na Casa Porto, às 8h30.
No dia 09 de março, haverá várias mobilizações. Em São Mateus, haverá um ato com concentração na Igreja Velha às 7h30. Em Colatina, a mobilização iniciará na feira, a partir das 08h e seguirá com caminhada pela Avenida Getúlio Vargas, a partir das 9 horas e diálogos com as mulheres no Calçadão Geraldo Pereira, a partir das 10 horas. Enquanto em Guarapari, no mesmo dia, o evento está marcado para iniciar às 16 horas, na Praça Trajano Lino Gonçalves, também conhecida como Praça da Bússola.
No dia 11 de março, ocorrerá vigília em frente à Câmara Municipal de Aracruz, a partir das 17 horas. As mulheres do município pedem justiça, memória e reparação por mais de um ano do massacre de Aracruz na Escola Primo Bitti.
Manifesto 8M
A luta contra as diversas formas de violência contra a mulher é pauta prioritária no mês de março e o Manifesto 8M de 2024 reúne várias reivindicações para exigir políticas públicas eficazes. Escrito em conjunto com várias entidades, o documento destaca a urgência de medidas concretas para combater a violência de gênero, especialmente em um estado onde as estatísticas de violência contra mulheres continuam alarmantes.
O Espírito Santo abriga uma população feminina de mais de 1,9 milhões de pessoas, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves, o que destaca o tamanho do desafio enfrentado pelas autoridades em lidar com o combate a violência de gênero.
O Manifesto expõe, por exemplo, que mulheres negras enfrentam um risco desproporcionalmente maior de violência letal. “De acordo com dados nacionais do Atlas da Violência de 2023, de 2011 a 2021, mais de 49 mil mulheres foram assassinadas. Somente em 2021, 3.858 mulheres foram mortas de forma violenta no Brasil, ou seja, mais de 10 mortes por dia”, destaca o documento.
A escalada da violência armada é indicada como um fator significativo nos feminicídios no país. A posse indiscriminada de armas de fogo tem contribuído para aumentar a letalidade dos ataques contra mulheres, exigindo uma ação urgente por parte das autoridades.
Políticas públicas abrangentes, que abordem não apenas a violência física, mas também questões como acesso ao aborto seguro e legal, saúde mental e direitos reprodutivos, também são demandas aclamadas pelo manifesto. Assim também como o posicionamento contra a exploração de sal-gema e pela não expropriação de quilombolas, contra o racismo ambiental e por comida no prato, sem agrotóxico.
O documento também traz a solidariedade internacional à realidade palestina e âmbito latino americano, nos solidarizamos com todas as mulheres que têm sofrido em seus países ameaças e efetivação de golpes.
Nesse Dia Internacional de Luta das Mulheres, o Manifesto 8M 2024 serve como um lembrete poderoso do trabalho que ainda precisa ser feito para alcançar uma sociedade verdadeiramente igualitária e justa para todas as mulheres.
Contato para imprensa
Emilly Marques
(27) 99618-4116
Serviço
Atos do #8M no Espírito Santo.
Anchieta
Marcha das Margaridas
Dia: 06 de março (quarta-feira)
Horário: 7 horas
Local: Concentração na Praça das Garças, Centro, Anchieta.
Vitória
Vigília do #8M
Dia: 7 de março (quinta-feira)
Horário: 16 às 18h30
Local: Praça 8, Centro, Vitória. Depois haverá cortejo pelas ruas do bairro.
Ato do 8 M
Dia: 8 de março (sexta-feira)
Horário: 8h30
Local: Casa Porto, Centro, Vitória.
São Mateus
Ato do 8M
Dia: 09 de março (sábado)
Horário: 7h30
Local: Igreja Velha, Centro, São Mateus.
Colatina
Ato do 8M
Dia: 09 de março (sábado)
Horário: 9h00
Local: Caminhada pela Avenida Getúlio Vargas, Centro.
Diálogos com as mulheres
Dia: 09 de março (sábado)
Horário: 10h às 11h
Local: Calçadão Geraldo Pereira, Centro.
Guarapari
Ato do 8M
Dia: 09 de março (sábado)
Horário: 16h
Local: Praça Trajano Lino Gonçalves, conhecida como Praça da Bússola, Centro, Guarapari.
Aracruz
Vigília do #8M
Data: 11 de março (segunda-feira)
Horário: 17 horas
Local: Câmara Municipal de Aracruz, Centro.
Roda de conversa
Roda de conversa sobre os Benefícios Previdenciários para mulheres e pensão para dependentes de vítimas de feminicídios.
Data: 16 de março (sábado)
Horário: 15 horas
Local: Concentração na Praça da Amizade, Coqueiral de Aracruz
Por: Lorrany Martins