*por Vanuza oliveira
No verão, muita gente se preocupa em tosar e encontrar outras maneiras de refrescar o pet. Já no inverno, muitos acreditam que a pelagem é suficiente para manter o pet aquecido, não sendo necessária nenhuma outra medida a fim de proteger o cachorro no frio. Mas não é bem assim!
Embora algumas raças de fato tenham o organismo preparado para enfrentar invernos rigorosos — como São Bernardo, Samoieda, Husky siberiano, entre outras raças de clima frio —, a maior parte das raças mais populares no Brasil se adapta melhor a temperaturas mais amenas.
Seja como for, é importante adotar algumas medidas especiais durante o inverno. Além de evitar que o pet sinta frio, elas ainda ajudam a prevenir doenças, como gripe e dermatite. A seguir, confira algumas dicas para deixar o cachorro no frio.
1. Considere vaciná-lo contra a gripe
Assim como acontece com a gripe em humanos, o vírus da gripe canina circula durante o ano todo, mas é fato que a doença se torna mais frequente durante o inverno.
Sendo assim, ao contrário do que muitos pensam, não é que o vírus se torne mais ativo e perigoso em baixas temperaturas. Ocorre que, com a queda da temperatura, a tendência é fecharmos as janelas, diminuindo a circulação do ar dos ambientes.
Ou seja, se algum pet estiver doente, o vírus espalhado por ele permanecerá mais concentrado e por mais tempo em determinado local, facilitando a transmissão para outros pets.
Portanto, se seu amigo costuma frequentar locais com aglomerações de cachorros, como hoteizinhos e daycares, converse com um veterinário sobre a vacina contra a gripe.
2. Mantenha o pet agasalhado
Não, as roupinhas não servem apenas para deixar seu amigo mais fofo. Elas também são recomendadas por veterinários para deixar o pet mais quentinho nos dias frios.
Para isso, no entanto, é preciso escolher a roupa de frio para cachorro com cuidado. Nesse sentido, evite roupinhas que limitam o movimento do cachorro e que possuam penduricalhos. Estes podem acabar sendo ingeridos, provocando obstrução intestinal.
Quanto ao tamanho, a recomendação é que você consiga passar com um dedo entre a roupa e a pele. Lembrando que é importante lavar a roupinha com frequência para evitar a proliferação de micro-organismos.
3. Proporcione uma cama ou casa quentinha
Graças a seu organismo adaptado, com pelagem dupla, algumas raças não precisam de roupinha para se manterem aquecidas. Mesmo assim, é fundamental que o cão tenha um abrigo aconchegante, onde possa se proteger do frio. Para isso, garanta que ele tenha uma caminha confortável, reforçada com cobertores no inverno.
Para saber se o cachorro sente muito frio durante a noite, fique atento à maneira como ele dorme. Se ele ficar encolhido, enroladinho no próprio corpo, é sinal de que está tentando se aquecer.
Nesse caso, considere deixar o ambiente mais aquecido ou renovar o cobertor. Vale destacar que a posição também pode estar relacionada à preferência do cachorro. Quando ele estiver dormindo, procure não incomodar.
4. Evite passear nos horários mais frios
Não é nada agradável caminhar por aí sentindo frio e rajadas cortantes de vento no rosto. E como o cachorro sente frio, o passeio em dias muito gelados pode se tornar desconfortável.
Sem contar que o vento também pode estar associado ao surgimento de otites. Por isso, quando o cachorro sente frio no inverno, é importante passear em horários com temperaturas mais amenas.
5. Fique atento aos sinais de hipotermia
A exposição do cachorro no frio por tempo prolongado pode provocar hipotermia, especialmente em cães com mais dificuldade para fazer a termorregulação, como filhotes e idosos.
Entre os sintomas do quadro estão: hipotensão, diminuição da frequência cardíaca, falta de oxigênio, tremores, perda de consciência e rigidez muscular. Ao perceber qualquer um desses sinais, procure aquecer o pet e leve-o o quanto antes ao veterinário.
6. Capriche na secagem após o banho
Uma secagem inadequada após o banho é perigosa em qualquer época do ano, já que a umidade deixa o cachorro mais exposto a problemas de pele, devido principalmente a proliferação de micro-organismos.
A diferença é que, no inverno, fica ainda mais difícil para os pelos secar naturalmente. Não bastasse isso, a umidade contribui para o desconforto relativo ao frio.
7. Estimule atividades dentro de casa
Assim como nós, os cães também podem ficar mais dorminhocos e preguiçosos no inverno. Mesmo assim, é fundamental que mantenham uma rotina saudável, com atividades capazes de estimular os sentidos e a cognição do pet.
Além dos passeios, que devem continuar sendo feitos no inverno, que tal apostar em brincadeiras para serem feitas dentro de casa, como esconde-esconde, pega-pega, comedouros-brinquedos, quebra-cabeças e mordedores?
8. Aumente o intervalo entre as tosas
A pelagem é, sim, uma barreira natural para o cachorro com frio. Tanto é que muitos cães inclusive passam por uma troca de pelos no outono, ganhando uma pelagem mais espessa.
Por isso, se você tem um peludinho em casa, vale a pena esperar um pouco antes da próxima tosa. Lembrando que as tosas higiênicas devem ser mantidas, assim como é importante fazer a escovação de cães de pelo médio e longo, a fim de evitar a formação de nós.