O 2º Encontro de Mulheres Negras de Marataízes, aconteceu na quinta-feira (11), na área de eventos da Feira Municipal do Artesão. Organizado pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Patrimônio Histórico e pelo Coletivo de Fortalecimento e Empoderamento da População Negra do Sul do Estado do Espírito Santo (UNEGRO), o encontro reuniu diversas lideranças e a população em geral.
Na programação, palestras que serviram de alerta para a situação de precariedade da população negra feminina, vítima constante de todo tipo de violência e discriminação.
A advogada criminalista Fayda Belo lembrou que as mulheres negras são, entre os grupos mais vulneráveis socialmente, os principais alvos da violência e da discriminação. Segundo estatísticas nacionais, entre as vítimas femininas da violência doméstica, por exemplo, 70% são negras. São elas também que recebem os menores salários, ocupam apenas 3% dos cargos de gestão e estão basicamente excluídas do sistema financeiro.
A também advogada, Jusandra Rupf, alertou que nos últimos anos a situação da mulher negra tem se tornado cada vez mais precário. Segundo ela, o genocídio, por exemplo, está pior. Enquanto as taxas de homicídios têm caído para homens e mulheres brancos, têm aumentado para os negros. O racismo também está mais evidente.
O evento, que fez parte das comemorações do Mês da Consciência Negra, em Marataízes, terminou com apresentações culturais.
Na sexta-feira (12), houve homenagens às mulheres negras de Marataízes, na Feira Municipal do Artesão.